Dirigentes de centrais sindicais e federações de trabalhadores de Santa Catarina saíram da segunda rodada de negociação sem uma proposta melhor por parte dos representantes patronais para o reajuste do Piso Salarial Estadual. A negociação aconteceu na manhã de segunda-feira (14), na Fiesc, em Florianópolis.
Até o momento, os patrões acenaram com reajuste abaixo do INPC, "uma proposta muito inferior" na avaliação do supervisor técnico do Dieese, economista José Álvaro Cardoso. Já o diretor sindical do Dieese, Ivo Castanheira considera que "negociar é uma sequência para se chegar a um denominador comum". O vice-presidente da federação patronal, Durval Marcatto Jr concorda em "negociar exaustivamente, até chegar a um índice aceitável para ambas as partes". Nova rodada de negociação está agendada para as 14 horas do dia 14 de janeiro de 2016, no mesmo local.
A comissão dos trabalhadores fechou consenso na necessidade de se garantir a reposição integral do INPC - "o INPC não se negocia, é um pressuposto da negociação", reforçou José Álvaro. Ele atribui as dificuldades à diferença de análise de conjuntura feita pelas partes: "Como em nenhum outro ano, o diagnóstico de conjuntura da parte dos patrões e do lado dos trabalhadores nunca esteve tão divorciado. Torcemos por um final feliz porque estamos negociando um salário que está no nível da sobrevivência, é piso", recorda José Álvaro Cardoso. O economista do Dieese resume o sentimento da comissão de negociação dos trabalhadores: "Queremos preservar o que de mais positivo o Brasil construiu nos últimos anos, que foi o mercado consumidor interno amplo, o principal fator que poderá retirar o país da recessão".
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